O fluxo de visitantes em shopping centers brasileiros registrou um aumento de 6% no último mês de abril, conforme dados divulgados pela consultoria Seed Digital. O resultado evidencia a retomada acelerada do setor de shopping centers, que mais uma vez superou o desempenho do varejo físico tradicional, como as lojas de rua, que registraram crescimento inferior no mesmo período. A tendência reafirma a força dos centros comerciais como destino preferido dos consumidores, impulsionados por conveniência, segurança e variedade de serviços.
A pesquisa da Seed Digital, especializada em inteligência de dados para o varejo, reforça um movimento já observado desde o segundo semestre de 2024: os shoppings têm conseguido atrair mais público e aumentar a permanência dos visitantes, ao mesmo tempo em que investem em experiências, entretenimento e digitalização dos serviços. Enquanto isso, o varejo de rua enfrenta desafios estruturais, como segurança, menor atratividade e ausência de infraestrutura integrada.
Os shoppings, hoje, não são apenas locais de compra, mas também centros de convivência, entretenimento e serviços. A oferta de lazer, como cinemas, restaurantes e eventos, aliada a serviços essenciais e conveniências, transforma a visita ao shopping em uma experiência completa, diferenciando-o do varejo de rua.
A alta de 6% no fluxo é significativa especialmente em um contexto de inflação controlada e melhora no índice de confiança do consumidor, fatores que estimulam o consumo presencial. Além disso, os shoppings vêm adotando estratégias para diversificar seu mix de lojas, incluir operações autônomas e ampliar o espaço dedicado ao lazer — diferenciais que têm contribuído para a fidelização do público.
A expectativa do setor é de que o fluxo continue em alta nos próximos meses, especialmente com a chegada do inverno, período que costuma aumentar a circulação em ambientes fechados. De olho nesse movimento, as e lojistas já se mobilizam para campanhas sazonais e ações promocionais visando manter o bom desempenho no segundo semestre.
Com esses números, os shoppings centers consolidam sua resiliência e adaptação ao novo comportamento do consumidor, deixando para trás o estigma de perda de relevância frente ao e-commerce e retomando o protagonismo no cenário do varejo brasileiro.