A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT, criticou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue a reeleição para cargos do Poder Executivo federal, estadual e municipal no país, em tramitação no Senado.

Nas redes sociais, a petista classificou a matéria como “oportunista” e um “retrocesso na representação democrática da maioria da população”.

“Quando os tucanos criaram a regra da reeleição, em benefício próprio, as tais elites apoiaram e aplaudiram. Quando presidentes do PT foram reeleitos, aí a reeleição virou problema”, publicou Gleisi.

Apresentada pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), a PEC do fim da reeleição é defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo o senador mineiro,  a proposta é uma das prioridades para o início de 2024.

A nova regra, porém, só valeria a partir de 2030 - não afetando, portanto, o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assim como os atuais governadores e prefeitos.

A reeleição existe no Brasil desde 1998, após ter sido aprovada uma PEC autorizando que o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, tentasse um novo mandato.

Orçamento

Na mesma publicação, Gleisi Hoffmann aproveitou para criticar, mais uma vez, o aumento no valor destinado às emendas parlamentares na proposta orçamentária de 2024. E fez menção ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, classificado pelos petistas como “golpe”.

“Desde o golpe contra Dilma, os poderes da presidência vêm sendo reduzidos e até usurpados pelo Congresso, especialmente na execução do Orçamento, que favorece a reeleição da maioria conservadora, em detrimento dos interesses do país”, disse.