O prefeito de Patos de Minas e presidente eleito da Associação Mineira de Municípios (AMM), Luís Eduardo Falcão, oficializou, nesta quarta-feira (30 de abril) o desembarque do Partido Novo. A decisão de se desfiliar da legenda já havia sido anunciada por Falcão no último dia 10, em entrevista ao programa Café com Política, no canal do Youtube de O TEMPO, mas, formalmente, o nome do político permanecia entre os quadros da agremiação.

Falcão declarou, por meio de nota, que a desfiliação do Novo é uma demonstração da intenção dele em garantir uma gestão “independente e suprapartidária” à frente da AMM. "Minas Gerais tem 853 municípios e cada um possui uma característica e uma necessidade. Como presidente da AMM, eu acho justo que os prefeitos e prefeitas se sintam representados e acolhidos, sem interferência de partidos”, afirmou. “Tenho minhas convicções e as mantenho, mas agora eu preciso acolher e agregar todos aqueles que, assim como eu, sabem bem o que é istrar uma cidade. A AMM é de todos", continuou.

Entretanto, nos bastidores, circula a informação de que Falcão teria se ressentido com a falta de apoio do governador Romeu Zema, principal nome do Partido Novo, durante sua campanha à eleição da AMM. 

Diante do cenário, inclusive, o governo estadual tem dado mostras de que tenta uma reaproximação com o agora chefe da entidade municipalista. O entendimento é que ter atritos com o presidente da AMM em um ano pré-eleitoral, quando a istração estadual busca consolidar um nome para sucessão, não é o cenário ideal para o governo Zema.

Um sinal enviado nesse sentido foi uma reunião entre Zema e representantes da Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Paranaíba (Amapar), região onde Falcão tem base eleitoral. O encontro, realizado no último dia 22, teve a presença da deputada estadual Lud Falcão, mulher do prefeito. Conforme apuração de O TEMPO, a reunião já havia sido solicitada há algum tempo pelo presidente da Amapar e prefeito de Patrocínio, Gustavo Tambelini Brasileiro (DC). Contudo, o pedido de agenda só andou após pressões que incluíram a atuação de Luís Eduardo Falcão, já chefe da AMM.