Hora do descanso. Não que seja algo positivo. Eu, particularmente, preferia uma temporada convencional, sem essa pausa no meio do ano. Mas, já que ela existe, é hora de uma reflexão sobre o que foi esse primeiro semestre do Galo. Antes de qualquer coisa, é justo dizer que, em relação aos resultados, a primeira metade do ano foi bem acima das expectativas.

O Atlético foi campeão mineiro (pela sexta vez consecutiva), garantiu as classificações necessárias na Copa do Brasil e, no Brasileiro, é o atual sétimo colocado, a quatro pontos do líder Flamengo (que tem um jogo a menos). Ponto fora da curva foi a dificuldade no fraco grupo H na Sul-Americana, mas pelo menos estamos nos playoffs.

Pensando em desempenho, há muito o que questionar. O Galo alternou jogos bons com jogos muito ruins. Empatou demais (contra adversários inferiores), teve derrotas muito duras (especialmente aquela pro péssimo Iquique) e mostrou, em várias partidas, uma falta de repertório. Escancarou, também, as fraquezas do elenco, especialmente no setor de meio-campo.

Não foi com o desempenho que a gente esperava e com o elenco completo que a gente gostaria de ter, mas chegamos à pausa numa condição que nos permite ir pras férias em paz. Na Sul-Americana, somos fortes candidatos ao título, na minha opinião. Na Copa do Brasil, contra o Flamengo, somos franco-atiradores. No Brasileiro, na melhor das hipóteses, nossa briga é por vaga na Libertadores (e é o que nossa classificação na tabela indica, então não dá pra reclamar).

Gostaria de ter objetivos e projeções bem maiores, mas, pra quem esteve na zona de rebaixamento e ficou com bastante medo de chegar nessa pausa brigando contra o Z-4, o saldo é positivo. O desafio, agora, é buscar um melhor desempenho no segundo semestre. Um time mais sólido, consistente e regular. Pra isso, claro, reforços de “nível A” seriam essenciais, mas, pela última coletiva de Cuca, ficou na cara que eles não chegarão. Vamos lutar com o que temos.

Saudações.